Leucócitos altos na urina: o que pode ser (e o que fazer)

A presença de leucócitos altos na urina, também conhecido como leucocitúria, pode indicar infecção urinária e genital, mas também pode ser um sinal de lúpus, problemas renais ou tumores, por exemplo.

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A quantidade de leucócitos na urina, ou piócitos, é considerada normal quando existem menos de 5 leucócitos por campo analisado, ou menos de 10.000 leucócitos por mL de urina.

Leia também: Leucócitos altos: o que pode ser (e o que fazer) tuasaude.com/leucocitos-altos

Para avaliar a presença de leucócitos na urina, o médico pode solicitar a realização do exame de urina tipo 1, ou EAS. Este exame permite avaliar o estado geral de saúde da pessoa, analisando também a quantidade de hemácias, células epiteliais, presença de microrganismos e proteínas, por exemplo.

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Principais causas

As principais causas de leucócitos na urina são:

1. Contaminação da amostra

A contaminação da amostra é uma das causas mais frequentes da presença de leucócitos na urina e acontece quando não é feita a assepsia do local antes da coleta e/ ou quando é coletado o primeiro jato de urina.

Nesse caso, a presença de leucócitos não está relacionada com infecção ou inflamação.

O que fazer: pode ser indicado pelo médico a realização de um novo exame de urina, sendo importante se atentar às orientações para que a coleta seja feita corretamente e, assim, seja possível evitar novas contaminações. 

2. Infecção urinária

A infecção urinária é a principal causa do aumento de leucócitos na urina, o que indica que o sistema imunológico está tentando combater uma infecção.

Além da presença de grandes quantidades de leucócitos, é possível identificar no exame de urina células epiteliais e o microrganismo responsável pela infecção.

É possível suspeitar de infecção urinária quando a pessoa também apresenta alguns sintomas, como dor e ardor ao urinar e presença de corrimento, por exemplo. Conheça outros sintomas de infecção urinária.

O que fazer: é importante consultar o urologista ou ginecologista para que sejam feitos exames que confirmem o diagnóstico e para indicar o tratamento mais adequado.

No caso da infecção ser devido à presença de fungos, pode ser indicado o uso de fluconazol ou miconazol. Já quando está associada a bactérias, pode ser indicado o uso de antibióticos como nitrofurantoína, sulfametoxazol + trimetoprima ou ciprofloxacino, dependendo do agente infeccioso.

Leia também: 6 antibióticos para infecção urinária (e como tomar) tuasaude.com/antibiotico-para-infeccao-urinaria

3. Infecções sexualmente transmissíveis

A infecções sexualmente transmissíveis, ou ISTs, como clamídia, gonorreia e tricomoníase, por exemplo, podem ser transmitidas através da relação sexual desprotegida e levar à inflamação do sistema urinário, provocando sintomas como dor e queimação ao urinar, coceira e dor pélvica ou testicular.

Como consequência dessa inflamação, podem ser notados leucócitos na urina, além de células epiteliais, bactérias ou parasitas e hemácias, em alguns casos.

Leia também: 10 exames IST: quais são, o que detectam (e quando fazer) tuasaude.com/exames-ist

O que fazer: nesses casos, é fundamental consultar o infectologista, urologista ou ginecologista para que sejam feitos exames que confirmem a infecção e, assim, seja iniciado o tratamento mais adequado, o que normalmente envolve o uso de antibióticos.

O (A) parceiro (a) também deve fazer o tratamento mesmo que não existam sinais ou sintomas, além de ser indicado evitar a relação sexual até o término do uso da medicação ou conforme orientação do médico.

4. Obstrução do trato urinário

A obstrução em qualquer parte do trato urinário que possa interferir na passagem normal de urina pode provocar o acúmulo da urina. Esse acúmulo pode causar pressão, irritação e aumentar o risco de infecção, o que ativa o sistema imunológico para enviar leucócitos para a região.

Essa situação pode estar relacionada com o aumento da próstata, pedra nos rins ou presença de tumores, e pode levar ao aparecimento de sintomas como dificuldade e dor para urinar, dor abdominal, presença de sangue na urina, náusea e febre.

O que fazer: é recomendado que o médico seja consultado para que sejam realizados exames que permitam identificar o local da obstrução, o que é fundamental para determinar o tratamento. Para aliviar o desconforto, o médico pode realizar a drenagem a urina, além de também poder indicar o uso de medicamentos para combater e prevenir infecções.

5. Problema nos rins

Problemas nos rins, como nefrite ou pedra nos rins, também podem levar ao aparecimento de leucócitos na urina, podendo ser também percebido nesses casos a presença de cristais e hemácias na urina algumas vezes.

Além disso, a pessoa com nefrite e pedra nos rins podem ter sintomas característicos, como dor no fundo das costas, dificuldade para urinar e diminuição da quantidade de urina, por exemplo.

O que fazer: na suspeita de cálculo renal, é importante ir ao clínico geral ou urologista para que sejam indicados exames de imagem e de exame de urina.

O tratamento de problemas nos rins varia conforme a causa e pode ser feito com o uso de remédios anti-inflamatórios, antibióticos ou medicamentos que promovam a liberação do cálculo, que devem ser prescritos pelo médico.

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6. Lúpus eritematoso

O lúpus eritematoso é uma doença autoimune onde as células do sistema imunológico atuam contra o próprio organismo, provocando inflamações nas articulações, pele, olhos e rins.

Em relação aos exames laboratoriais, é possível notar alterações no hemograma e no exame de urina, em que pode ser observada grande quantidade de leucócitos na urina.

O que fazer: o tratamento para o lúpus é feito de acordo com a recomendação do médico, sendo normalmente recomendado o uso de alguns medicamentos como anti-inflamatórios, corticoides ou imunossupressores.

Assim, além de diminuir a quantidade de leucócitos na urina, é possível controlar os sintomas da doença.

Leia também: Lúpus: o que é, sintomas, tipos, causas e tratamento tuasaude.com/lupus

7. Uso de medicamentos

O uso frequente de alguns medicamentos, como antibióticos, aspirina, corticoides e diuréticos, por exemplo, podem levar ao aparecimento de leucócitos na urina.

O que fazer: caso a pessoa esteja fazendo uso de algum medicamento e o exame indique a presença de quantidades significativas de leucócitos na urina, o médico poderá ajustar a dosagem da medicação ou ainda mudar o remédio utilizado.

8. Segurar o xixi

Segurar o xixi por muito tempo pode favorecer o crescimento de microrganismos, resultando no aparecimento de sintomas de infecção e levando ao aparecimento de leucócitos na urina.

Além disso, ao segurar o xixi por muito tempo, a bexiga começa a perder força e não consegue esvaziar totalmente, fazendo com que fique uma quantidade de urina dentro da bexiga, aumentando o risco de multiplicação de microrganismos do trato urinário.

O que fazer: é importante que assim que a pessoa sinta vontade de fazer xixi, faça, para evitar que aconteça o acúmulo de urina na bexiga e, consequentemente, de microrganismos.

Além disso, para prevenir infecções, é recomendado beber diariamente pelo menos 2 litros de água por dia.

No entanto, se a pessoa sentir vontade de fazer xixi e não conseguir urinar, é recomendado ir ao clínico geral ou urologista para que sejam realizados exames para identificar o problema e indicar o tratamento.

9. Tumor

A presença de tumores na bexiga, próstata e rins, por exemplo, podem também levar ao aparecimento de leucócitos na urina.

Isso porque nessas situações o sistema imunológico está enfraquecido. Além disso, a presença de leucócitos pode surgir como consequência do tratamento realizado contra os tumores.

O que fazer: para confirmar que a presença de leucócitos na urina é devido ao tumor, é importante consultar o médico, que poderá solicitar exames que ajudem a confirmar o diagnóstico e, assim, indicar o tratamento adequado, se for necessário.

Porém, em casos de já haver a confirmação do câncer, é importante que o médico faça um monitoramento regular da quantidade de leucócitos na urina para verificar a progressão da doença e a resposta ao tratamento.

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